23 de agosto de 2012

ELABORAÇÃO DE UM ATLAS SÓCIOESPACIAL UTILIZANDO
GEOPROCESSAMENTO PARA O LITORAL NORTE PAULISTA

Deivid Galdini Silva¹ (UNITAU, Bolsista PIBIC/CNPq)
Dr. Cláudio Solano Pereira² (CPTEC/INPE, Orientador)

RESUMO
O litoral norte paulista compreende uma faixa litorânea de aproximadamente 100 km, na qual se localizam os municípios de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, onde se encontram distribuídos cerca de 290 mil habitantes que desfrutam de toda beleza cênica oferecida por praias, cachoeiras, ilhas e o bioma Mata Atlântica. Sabe-se que atualmente a região está vivendo um processo que poderá desencadear ainda mais os processos negativos, como também contribuir para a melhoria da qualidade da região e consequentemente de seus moradores. Estamos nos referido à duplicação da rodovia dos Tamoios, a ampliação do Porto de São Sebastião e o campo de petróleo Mexilhão - todos estes investimentos podem desde que se tenha um diagnóstico da região, vir a contribuir para um desenvolvimento mais igualitário e ordenado. Visto que os dados utilizados no trabalho ainda não foram divulgados no censo IBGE 2010 e a criação do atlas está baseada apenas no censo do ano de 2000, o que proporciona uma análise defasada, o objetivo do trabalho foi, além de obter um diagnóstico socioeconômico, também formular uma metodologia, a qual pudesse ser aplicada no censo de 2010 quando este for publicado, e, a partir de então, elaborar um terceiro produto que seria resultado da comparação entre os dois diagnósticos. O presente trabalho se baseou em dados censitários e socioeconômicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, e em dados socioeconômico da Fundação Sistema Estadual de Analise de Dados – SEADE. Após a seleção e o tratamento desses dados, os mesmos foram introduzidos em um sistema de informação geográfica, o SPRING 5.1.8 e o TERRA VIEW 4.2.0. Com a elaboração do plano cadastral foram feitas as análises espaciais e cruzamentos entre as duas variáveis permitindo desta forma obter novas informações, utilizando-se parâmetros de agrupamento das variáveis no modo quantil e passo igual. Em todos os quatros municípios as áreas centrais mostram se lugares com alta disposição espacial de equipamentos urbanos e infraestrutura, são lugares onde o investimento de capital entrou de forma mais efetiva viabilizando o turismo, e consequentemente aumentando o custo de vida dessas regiões centrais. No entanto este caráter seletivo do capital, assim como em qualquer outro lugar, gera uma segregação espacial, expulsando a massa dessas áreas e a jogando em lugares periféricos, com baixa disposição de equipamentos urbanos e infraestrutura, e em alguns setores, distantes da “areia”, tornando o lugar estranho ao caiçara, este que tem sua maior identificação com a praia.



DIAGNÓSTICO SÓCIOAMBIENTAL DA MICROBACIA QUIRIRIM – PURUBA, UBATUBA (SP).

Bruna dos Santos Silva1 (UNITAU, Bolsista PIBIC/CNPq)
Renê Antônio Novaes Junior2 (OBT/DSR/INPE, Orientador)

RESUMO

Para dar continuidade ao trabalho iniciado no dia 1º de agosto de 2010, foi utilizado o software SPRING versão 5.1.6., Sistema de Informação Geográfica desenvolvido e disponibilizado gratuitamente pelo INPE, com o objetivo de gerar mapas através de geotecnologia em uma microbacia, a fim de realizar um diagnostico preciso sobre o modo de vida da população local e os impactos causados na região. O objeto de estudo, a sub-bacia hidrográfica Quiririm-Puruba, localiza-se dentro do Parque Estadual da Serra do Mar- Núcleo Picinguaba, município de Ubatuba, litoral norte do Estado de São Paulo. A sub-bacia é considerada a mais preservada dentre as trinta e quatro sub-bacias que compõem a UGRH do Litoral Norte e é a segunda maior bacia, apesar de um grande território da bacia estar localizado em uma unidade de conservação, o que limita a exploração do local, outra grande área da bacia encontra-se na chamada zona de amortecimento, que permite intervenções humanas sem a devida preocupação com o local. Na zona de amortecimento se concentra a maior parte do estudo, por influenciar diretamente o cotidiano de toda a bacia. A sub-bacia torna-se principal foco para projetos de conservação ambiental e interatividade da população com o meio onde vivem, além de ser exemplo de preservação para outras bacias, que devem adotar a rotina lá vivida. Foi realizada a compilação das variadas informações espaciais como imagens de satélite, cartas topográficas, mapas de geomorfologia, pedologia, hidrologia, cobertura vegetal, setores censitários do IBGE gerando um banco de dados cadastral georreferenciado. Para dar continuidade a este projeto de Iniciação Científica estão programadas as seguintes atividades: levantamento socioeconômico de toda a população residente na bacia, geração do mapa de vulnerabilidade social, projetos que incentivem a população local a preservar o ambiente, a fim de melhorar a sua qualidade de vida.


MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE CULTURAS DO MUNICÍPIO DE CAÇAPAVA,
UTILIZANDO GEOTECNOLOGIAS.

Luís Fernando Santos 1 (UNITAU, Bolsista PIBIC/CNPq)
René Antônio Novaes Júnior 2 (DSR/OBT/INPE, Orientador)


RESUMO


O presente trabalho tem como objetivo dar continuidade ao projeto de Iniciação
Científica, em desenvolvimento desde Janeiro de 2010. Anteriormente, foram coletadas imagens do sensor TM, abordo do satélite LANDSAT-5, datadas entre os anos de 1984 a 2011. Essas imagens foram georreferenciadas utilizando-se o software SPRING 5.1.5. Os pontos de controle foram coletados nas imagens LANDSAT-7 do ano de 2000, fornecida pelo projeto GEOCOVER da NASA. As imagens foram recortadas utilizando o mapa de limites do município de Caçapava, fornecido pelo IBGE. Realizou-se a atenuação dos efeitos de iluminação considerando o cálculo da Razão de Bandas, o Índice de Vegetação Normalizada – NDVI e a aplicação das “Principais Componentes”, sendo utilizada apenas a terceira componente. Em seguida aplicou-se diferentes tipos de contrastes para verificação da melhor composição para realização do mapeamento. Para a imagem original, utilizou-se a banda 3 no canal vermelho, a banda 4 no canal verde e a banda 5 no canal azul. Já para as imagens processadas, o canal vermelho recebeu a imagem com razão de bandas, o canal verde a imagem com o cálculo do NDVI e por fim, o canal azul a principal componente 3. Para as imagens processadas, foram aplicados diferentes contrastes, porém o que melhor respondeu foi à utilização do contraste Linear, Negativo e Negativo nos canais vermelho, verde e azul, respectivamente. A segmentação foi por “crescimento de regiões” tendo como objetivo o mapeamento dos talhões de Eucalipto. O limiar de similaridade e área (pixel) foi diferenciado para cada ano, devido à qualidade das imagens, alternando-se de 20 e 20 e 20 e 10. Para mensurar a área dos talhões de Eucalipto desta região foi feita a classificação nãosupervisionada por crescimento de regiões utilizando o classificador ISOSEG com o limiar de aceitação do agrupamento de 75%. Após a classificação obteve-se em média 30 planos de informação nas imagens. Esses planos foram editados de acordo com a verificação da área, utilizando as imagens processadas e também a original com as classes temáticas já definidas. Na junção dos planos de informação, aplicou-se um algoritmo da linguagem LEGAL do SPRING e foram realizadas as últimas edições no mosaico final. Considerando que a analise multitemporal será anual, esta metodologia foi aplicada para os anos que não tinham imagens, sendo 2005 e 2004. Na classificação tanto das novas imagens, como na das anteriores foram consideradas somente as classes “EUCALPTO” e “OUTRAS” tendo em vista que o objetivo de mapeamento refere-se apenas à monocultura de eucalipto. Obteve-se um mapeamento da série temporal com as classes reconsideradas. Quanto à idade dos talhões de eucalipto foi estimado pela analise comparativas do resultado do mapeamento realizado para todos os anos. Além disso, houve uma revisão bibliográfica para determinar qual seria a melhor fórmula de levantamento de biomassa em campo, para posteriormente, quantificar quanto de carbono foi incorporado a esta monocultura.


URUÇUÍ-UNA, PIAUÍ, BIOMA CERRADO, NO PERÍODO DE 2001-
2010, COM BASE EM IMAGENS DE SENSORES ORBITAIS: UM ESTUDO
EXPLORATÓRIO

Walkiria Lacerda Silveira de Melo¹ (UNITAU, Bolsista PIBIC/CNPq)
Alfredo Pereira da Costa Junior² (OBT/DSR/INPE, Orientador)


RESUMO


O presente trabalho teve como objetivo analisar a antropização na Estação Ecológica Uruçui-Una, PI e nas bacias hidrográficas no entorno da área de estudo com base em imagens de 2001 a 2010 dos sensores a bordo dos satélites da série Landsat. O trabalho foi desenvolvido com base de ferramentas do software SPRING, com o qual foram realizados mapeamentos de desmatamentos e áreas queimadas no período de estudo. Os resultados mostraram que queimou-se entre 3% e 47% da área da Estação, com picos de áreas queimadas nos anos de 2004 (37%), 2007 27% e 2010 (47%). Os desmatamentos tiveram um aumento nos anos de 2004 e 2008 nas áreas das bacias hidrográficas mas não no interior da Estação, que ficou estável em cerca de 1% da sua área. Concluímos que a ESECUU não possui total efetividade como área de proteção por ainda conter comunidades vivendo em seu interior, causando a ocorrência de queimadas antrópicas e desmatamentos, o que não é compatível com a Lei das Unidades de Conservação de Proteção Integral.

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