31 de agosto de 2012

O Departamento de Ciências Sociais e Letras recebeu, nos dias 14 e 15 de agosto de 2012, a visita dos alunos do ensino médio da escola Jacques Félix, acompanhados da Profa. Christiane Grace Guimarães Silva.
O Prof. Me. Luzimar Goulart Gouvea e a Profa. Ma. Maria do Carmo Souza de Almeida ofereceram palestras sobre “Oficina de Redação”.

27 de agosto de 2012


Caros  alunos (as)  inscritos na 3ª turma da Oficina de TCC:
a primeira aula será hoje, 27/08/12,  na sala 211, com a Profa. Ma. Rachel Duarte Abdala.



--
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E LETRAS
fones:  3625.4242 / 3635.5144

24 de agosto de 2012

COMUNICADO
A Direção do Departamento de Ciências Sociais e Letras e a coordenação do Projeto PREX Taubaté, Tempo e Memória convida a todos os alunos e professores, dos cursos de Geografia, História e Letras para participarem do Desfile da 52ª FESTA DO FOLCLORE DA RUA IMACULADA. Os alunos sairão na entrada do Departamento às 10h45.
A participação valerá AACC.
Itinerário: Saindo da Praça de Santa Terezinha segue pelas ruas Dr. Pedro Costa, Marquês do Herval, Jacques Félix, Mariano Moreira, Viaduto de São Pedro e Avenida Dom Pedro I, chegando ao Portal de entrada da Rua Imaculada.

23 de agosto de 2012

Caros alunos (Caros professores) ...estamos encaminhando o material anexo com as  normas e o manual de TCC para ajudar na orientação e elaboração do TCC. Este material é o mais atualizado do departamento organizado pelas professoras  Graziela e Teresinha e servirão como referência até a Pró reitoria de Graduação preparar o projeto unificado de TCC para todos os departamentos.


--
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E LETRAS
fones:  3625.4242 / 3635.5144
 
Prezados (as) Senhores (as):
 
Encontram-se abertas as inscrições do Fórum Permanente de Arte, Cultura e Educação, "Fotografia e Memória", a ser realizado na data de 23/08/2012, no Centro de Convenções da UNICAMP.
 
Para efetuar a sua inscrição cadastre-se no site dos fóruns. Caso já possua cadastro efetue login e inscreva-se em "programação de eventos 2012", e procure o fórum pelo título.
 
 
 
 
Atenciosamente,
Sônia Maria de Camargo Mazzariol
Assistente Técnica de Direção Coordenadoria Geral da Universidade
+ 55 193521 5039 Fóruns Permanentes http://foruns.bc.unicamp.br/foruns/
Universidade Estadual de Campinas -SP - Brasil
 
ELABORAÇÃO DE UM ATLAS SÓCIOESPACIAL UTILIZANDO
GEOPROCESSAMENTO PARA O LITORAL NORTE PAULISTA

Deivid Galdini Silva¹ (UNITAU, Bolsista PIBIC/CNPq)
Dr. Cláudio Solano Pereira² (CPTEC/INPE, Orientador)

RESUMO
O litoral norte paulista compreende uma faixa litorânea de aproximadamente 100 km, na qual se localizam os municípios de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, onde se encontram distribuídos cerca de 290 mil habitantes que desfrutam de toda beleza cênica oferecida por praias, cachoeiras, ilhas e o bioma Mata Atlântica. Sabe-se que atualmente a região está vivendo um processo que poderá desencadear ainda mais os processos negativos, como também contribuir para a melhoria da qualidade da região e consequentemente de seus moradores. Estamos nos referido à duplicação da rodovia dos Tamoios, a ampliação do Porto de São Sebastião e o campo de petróleo Mexilhão - todos estes investimentos podem desde que se tenha um diagnóstico da região, vir a contribuir para um desenvolvimento mais igualitário e ordenado. Visto que os dados utilizados no trabalho ainda não foram divulgados no censo IBGE 2010 e a criação do atlas está baseada apenas no censo do ano de 2000, o que proporciona uma análise defasada, o objetivo do trabalho foi, além de obter um diagnóstico socioeconômico, também formular uma metodologia, a qual pudesse ser aplicada no censo de 2010 quando este for publicado, e, a partir de então, elaborar um terceiro produto que seria resultado da comparação entre os dois diagnósticos. O presente trabalho se baseou em dados censitários e socioeconômicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, e em dados socioeconômico da Fundação Sistema Estadual de Analise de Dados – SEADE. Após a seleção e o tratamento desses dados, os mesmos foram introduzidos em um sistema de informação geográfica, o SPRING 5.1.8 e o TERRA VIEW 4.2.0. Com a elaboração do plano cadastral foram feitas as análises espaciais e cruzamentos entre as duas variáveis permitindo desta forma obter novas informações, utilizando-se parâmetros de agrupamento das variáveis no modo quantil e passo igual. Em todos os quatros municípios as áreas centrais mostram se lugares com alta disposição espacial de equipamentos urbanos e infraestrutura, são lugares onde o investimento de capital entrou de forma mais efetiva viabilizando o turismo, e consequentemente aumentando o custo de vida dessas regiões centrais. No entanto este caráter seletivo do capital, assim como em qualquer outro lugar, gera uma segregação espacial, expulsando a massa dessas áreas e a jogando em lugares periféricos, com baixa disposição de equipamentos urbanos e infraestrutura, e em alguns setores, distantes da “areia”, tornando o lugar estranho ao caiçara, este que tem sua maior identificação com a praia.



DIAGNÓSTICO SÓCIOAMBIENTAL DA MICROBACIA QUIRIRIM – PURUBA, UBATUBA (SP).

Bruna dos Santos Silva1 (UNITAU, Bolsista PIBIC/CNPq)
Renê Antônio Novaes Junior2 (OBT/DSR/INPE, Orientador)

RESUMO

Para dar continuidade ao trabalho iniciado no dia 1º de agosto de 2010, foi utilizado o software SPRING versão 5.1.6., Sistema de Informação Geográfica desenvolvido e disponibilizado gratuitamente pelo INPE, com o objetivo de gerar mapas através de geotecnologia em uma microbacia, a fim de realizar um diagnostico preciso sobre o modo de vida da população local e os impactos causados na região. O objeto de estudo, a sub-bacia hidrográfica Quiririm-Puruba, localiza-se dentro do Parque Estadual da Serra do Mar- Núcleo Picinguaba, município de Ubatuba, litoral norte do Estado de São Paulo. A sub-bacia é considerada a mais preservada dentre as trinta e quatro sub-bacias que compõem a UGRH do Litoral Norte e é a segunda maior bacia, apesar de um grande território da bacia estar localizado em uma unidade de conservação, o que limita a exploração do local, outra grande área da bacia encontra-se na chamada zona de amortecimento, que permite intervenções humanas sem a devida preocupação com o local. Na zona de amortecimento se concentra a maior parte do estudo, por influenciar diretamente o cotidiano de toda a bacia. A sub-bacia torna-se principal foco para projetos de conservação ambiental e interatividade da população com o meio onde vivem, além de ser exemplo de preservação para outras bacias, que devem adotar a rotina lá vivida. Foi realizada a compilação das variadas informações espaciais como imagens de satélite, cartas topográficas, mapas de geomorfologia, pedologia, hidrologia, cobertura vegetal, setores censitários do IBGE gerando um banco de dados cadastral georreferenciado. Para dar continuidade a este projeto de Iniciação Científica estão programadas as seguintes atividades: levantamento socioeconômico de toda a população residente na bacia, geração do mapa de vulnerabilidade social, projetos que incentivem a população local a preservar o ambiente, a fim de melhorar a sua qualidade de vida.


MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE CULTURAS DO MUNICÍPIO DE CAÇAPAVA,
UTILIZANDO GEOTECNOLOGIAS.

Luís Fernando Santos 1 (UNITAU, Bolsista PIBIC/CNPq)
René Antônio Novaes Júnior 2 (DSR/OBT/INPE, Orientador)


RESUMO


O presente trabalho tem como objetivo dar continuidade ao projeto de Iniciação
Científica, em desenvolvimento desde Janeiro de 2010. Anteriormente, foram coletadas imagens do sensor TM, abordo do satélite LANDSAT-5, datadas entre os anos de 1984 a 2011. Essas imagens foram georreferenciadas utilizando-se o software SPRING 5.1.5. Os pontos de controle foram coletados nas imagens LANDSAT-7 do ano de 2000, fornecida pelo projeto GEOCOVER da NASA. As imagens foram recortadas utilizando o mapa de limites do município de Caçapava, fornecido pelo IBGE. Realizou-se a atenuação dos efeitos de iluminação considerando o cálculo da Razão de Bandas, o Índice de Vegetação Normalizada – NDVI e a aplicação das “Principais Componentes”, sendo utilizada apenas a terceira componente. Em seguida aplicou-se diferentes tipos de contrastes para verificação da melhor composição para realização do mapeamento. Para a imagem original, utilizou-se a banda 3 no canal vermelho, a banda 4 no canal verde e a banda 5 no canal azul. Já para as imagens processadas, o canal vermelho recebeu a imagem com razão de bandas, o canal verde a imagem com o cálculo do NDVI e por fim, o canal azul a principal componente 3. Para as imagens processadas, foram aplicados diferentes contrastes, porém o que melhor respondeu foi à utilização do contraste Linear, Negativo e Negativo nos canais vermelho, verde e azul, respectivamente. A segmentação foi por “crescimento de regiões” tendo como objetivo o mapeamento dos talhões de Eucalipto. O limiar de similaridade e área (pixel) foi diferenciado para cada ano, devido à qualidade das imagens, alternando-se de 20 e 20 e 20 e 10. Para mensurar a área dos talhões de Eucalipto desta região foi feita a classificação nãosupervisionada por crescimento de regiões utilizando o classificador ISOSEG com o limiar de aceitação do agrupamento de 75%. Após a classificação obteve-se em média 30 planos de informação nas imagens. Esses planos foram editados de acordo com a verificação da área, utilizando as imagens processadas e também a original com as classes temáticas já definidas. Na junção dos planos de informação, aplicou-se um algoritmo da linguagem LEGAL do SPRING e foram realizadas as últimas edições no mosaico final. Considerando que a analise multitemporal será anual, esta metodologia foi aplicada para os anos que não tinham imagens, sendo 2005 e 2004. Na classificação tanto das novas imagens, como na das anteriores foram consideradas somente as classes “EUCALPTO” e “OUTRAS” tendo em vista que o objetivo de mapeamento refere-se apenas à monocultura de eucalipto. Obteve-se um mapeamento da série temporal com as classes reconsideradas. Quanto à idade dos talhões de eucalipto foi estimado pela analise comparativas do resultado do mapeamento realizado para todos os anos. Além disso, houve uma revisão bibliográfica para determinar qual seria a melhor fórmula de levantamento de biomassa em campo, para posteriormente, quantificar quanto de carbono foi incorporado a esta monocultura.


URUÇUÍ-UNA, PIAUÍ, BIOMA CERRADO, NO PERÍODO DE 2001-
2010, COM BASE EM IMAGENS DE SENSORES ORBITAIS: UM ESTUDO
EXPLORATÓRIO

Walkiria Lacerda Silveira de Melo¹ (UNITAU, Bolsista PIBIC/CNPq)
Alfredo Pereira da Costa Junior² (OBT/DSR/INPE, Orientador)


RESUMO


O presente trabalho teve como objetivo analisar a antropização na Estação Ecológica Uruçui-Una, PI e nas bacias hidrográficas no entorno da área de estudo com base em imagens de 2001 a 2010 dos sensores a bordo dos satélites da série Landsat. O trabalho foi desenvolvido com base de ferramentas do software SPRING, com o qual foram realizados mapeamentos de desmatamentos e áreas queimadas no período de estudo. Os resultados mostraram que queimou-se entre 3% e 47% da área da Estação, com picos de áreas queimadas nos anos de 2004 (37%), 2007 27% e 2010 (47%). Os desmatamentos tiveram um aumento nos anos de 2004 e 2008 nas áreas das bacias hidrográficas mas não no interior da Estação, que ficou estável em cerca de 1% da sua área. Concluímos que a ESECUU não possui total efetividade como área de proteção por ainda conter comunidades vivendo em seu interior, causando a ocorrência de queimadas antrópicas e desmatamentos, o que não é compatível com a Lei das Unidades de Conservação de Proteção Integral.

17 de agosto de 2012

Convidamos a todos os alunos, pais e Mestres, para comemorarmos a entrega do prêmio "SIMPÓSIO VALEPARAIBANO", aos alunos e Mestres do curso de História .

O evento será no Departamento de Ciências Sociais e Letras às 20h30min.

Contamos com a presença de todos!


UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E LETRAS
fones:  3625.4242 / 3635.5144

16 de agosto de 2012











CURSO DE HISTÓRIA DA UNITAU É PREMIADO
EM SIMPÓSIO VALEPARAIBANO

            Pelo segundo ano consecutivo o Curso de História da Universidade de Taubaté tem um resultado expressivo no Simpósio mais importante da região.
            Organizado pelo IEV, Instituto de Estudos Valeparaibanos, o XXVI Simpósio de História do Vale do Paraíba foi realizado na cidade de Cachoeira Paulista, entre os dias 8 e 11 de agosto, em parceria com a Faculdade Canção Nova. Com a participação do vale paulista, do vale fluminense e do sul de Minas tendo como tema Vale do Paraíba: A memória do trem.
            O Prof. Ms. Armindo Boll orientou a produção de nove banners, resultado da pesquisa de alunos dos três anos do curso de História: “Os alunos que participaram com os trabalhos (sete do primeiro ano – Rodney da Silva Amador, Tatiana Piorino Vinci, Fernando Henrique Nogueira, Isabela Ramos de Queiroz, Ariel Viera Araújo, Alexandre Bittencourt Ramos e Jean Aparecido Ferreira Barbosa; dois do segundo ano – Priscila Seabra e Guilherme Leone; e Paulo Christian Martins M. da Cruz, do terceiro ano), tiveram oportunidade de conviver com o tema nas aulas de História Regional. Como no ano passado, quando tivemos todos os trabalho premiados conjuntamente, este ano recebemos o Troféu Institucional, pelo volume e qualidade das apresentações, o que mostra o interesse e a participação dos alunos nas temáticas regionais”, destaca o professor.
            O Prof. Boll, que também é Conselheiro de Projetos Históricos e Culturais do IEV Núcleo Taubaté, foi convidado a abrir o Simpósio, no início dos trabalhos científicos, representando o Núcleo recém criado. Juntamente com o aluno Luciano Valentini Zucarelli, do terceiro ano de História, apresentau o tema Pedro Pedreiro esperando o trem, sobre as cidades que ficaram a margem do desenvolvimento ferroviário e rodoviário, mostrando a importância da História Regional nos projetos educacionais e nas ações econômicas (turismo, gastronomia, artesanato etc).
            O Presidente do XXVI Simpósio, Prof. Dr. Henrique Alckmin Prudente, Diretor Acadêmico e Coordenador do Curso de Jornalismo da Faculdade Canção Nova, destacou a qualidade dos trabalhos: “Foi de muita importância a participação da UNITAU. Os trabalhos, que abrangeram oito estações da região, foram bem defendidos pelos alunos, tanto que, durante o julgamento, a comissão chegou a cogitar uma premiação conjunta pelos trabalhos”, afirmou o prof. Henrique.
            No encerramento, o Prof. Ms. Francisco Sodero Toledo, Presidente do IEV, fez um balanço geral do evento: “Foram quatro dias marcados por conferência, palestras, apresentações orais, banner e documentários em vídeo do mais alto nível. Foram recebidas mais de noventa inscrições com uma média de 43 presentes em cada sessão de trabalho. O conteúdo e os debates realizados por grupo de pessoas altamente interessados no tema constituíram o ponto alto deste encontro. Todos saíram enriquecidos com as ideias, informações sobre a ferrovia, sinônimo de progresso e modernidade no passado e memória viva no presente”, avaliou o prof. Sodero.
O Presidente do IEV também destacou a participação da UNITAU: “O Troféu Institucional ficou com a UNITAU, que com a presença significativa de seus professores e alunos foi considerada pela Comissão Organizadora como a de melhor participação no evento”.
A Coordenadora do IEV, Núcleo Taubaté, Prof. Ms. Regina Kátia Rico Santos de Mendonça, formada na UNITAU, recebeu, em nome do aluno Jean Aparecido Ferreira Barbosa, o prêmio de melhor trabalho na Categoria Pôster - Estação ferroviária de Aparecida: a estação da fé destacando: “O Núcleo de Taubaté, que tem sua sede no Departamento de Ciências Sociais e Letras da UNITAU, participou ativamente, junto ao Prof. Armindo Boll, das reuniões com os alunos. O interesse e a dedicação hoje foram premiados”, afirmou a Prof. Kátia.
O Prof. Boll recebeu, pela Profa. Ms. Rachel Duarte Abdala, o prêmio de melhor trabalho na categoria Exposição Oral - Parada obrigatória: a Estação de Taubaté, além do Troféu Institucional, que será entregue ao Prof. Ms. Carlos Eduardo Pinto, Diretor do Departamento de Ciências Sociais e Letras.  
“Fico feliz com os resultados destes dois últimos anos. O projeto da Prex Taubaté tempo e memória: História, tradições culturais e comunidade, possibilitou o envolvimento direto dos voluntários na elaboração dos banners”, destaca o Prof. Boll. “Tivemos o apoio do Núcleo de Design Gráfico da PREX, que elaborou a arte do banner, dando uma uniformidade aos trabalhos. Gostaria de destacar que os temas valeparaibanos sempre foram desenvolvidos em sala de aula, resultando em trabalhos científicos, como estes, em TCCs e em pesquisas de campo. Isto mostra a importância da História Regional na formação do cidadão valeparaibano, no momento em que vivemos o nascimento da Região Metropolitana do Vale”, encerrou o Prof. Boll.

 
INFORME EXTRAnº 5 — 10 de agosto de 2011

     
FÍSICAAs perspectivas científicas depois
da confirmação do bóson de Higgs
Representação de colisão de prótons em que
há indícios de surgimento de bóson de Higgs
com decaimento em dois fótons
O cenário teórico e experimental em que se deu a confirmação da existência do bóson de Higgs e as perspectivas da física após esse fato serão discutidos na mesa-redonda Reflexões sobre a Descoberta da Partícula (Bóson) de Higgs, no dia 15 de agosto, quarta-feira, às 16h, no IEA.
Mahir Saleh Hussein, do Instituto de Física (IF) da USP e coordenador do Grupo de Pesquisa de Astrofísica Nuclear Não Convencional, organizador do evento, destaca que o Modelo Padrão que descreve as interações eletromagnéticas e fracas das partículas elementares foi exaustivamente testado desde o final da década de 60, tendo apresentado excelente concordância com os dados experimentais, permanecendo apenas a descoberta do bóson de Higgs como desafio para o modelo nos últimos 45 anos: "Agora, com os dados recentes obtidos nos experimentos no LHC (Large Hadron Collider) na Suíça, parece que essa busca finalmente chegou ao fim".
A mesa-redonda terá Gustavo Burdman, do Instituto de Física (IF) da USP, e de Sérgio Ferraz Novaes, do Instituto de Física Teórica da Unesp, como expositores. Os debatedores serão Laerte Sodré Jr., do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, e Dionísio Baseia, do IF-USP. A moderação será feita Mahir Saleh Hussein.
REFLEXÕES SOBRE A DESCOBERTA DA PARTÍCULA (BÓSON) DE HIGGS
Tipo de evento:
mesa-redonda aberta ao público, gratuita e sem necessidade de inscrição.
Data: 15 de agosto, 16h.
Local: Sala de Eventos do IEA, Rua Praça do Relógio, 109, bloco K, 5º andar, Cidade Universitária, São Paulo.
Web: transmissão em
www.iea.usp.br/aovivo.
Informações: com Cláudia Reginas Tavare (
clauregi@usp.br), tel. (11) 3091-1686



Nova legislação dará base científica à prevenção de desastres naturais, dizem especialistas

08/08/2012
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Em janeiro de 2011, enchentes e deslizamentos deixaram cerca de mil mortos e 500 desaparecidos na Região Serrana do Rio de Janeiro. A tragédia evidenciou a precariedade dos sistemas de alerta no Brasil e foi considerada por especialistas como a prova definitiva de que era preciso investir na prevenção de desastres.
O mais importante desdobramento dessa análise foi a Lei 12.608, sancionada em abril, que estabelece a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e cria o sistema de informações e monitoramento de desastres, de acordo com especialistas reunidos no seminário “Caminhos da política nacional de defesa de áreas de risco”, realizado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) no dia 6 de agosto.
A nova lei obriga as prefeituras a investir em planejamento urbano na prevenção de desastres do tipo enchentes e deslizamentos de terra. Segundo os especialistas, pela primeira vez a prevenção de desastres poderá ser feita com fundamento técnico e científico sólido, já que a lei determina que, para fazer o planejamento, todas as prefeituras precisarão elaborar cartas geotécnicas dos municípios.
Katia Canil, pesquisadora do Laboratório de Riscos Ambientais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), disse que as prefeituras terão dois anos para elaborar as cartas geotécnicas para lastrear seus planos diretores, que deverão contemplar ações de prevenção e mitigação de desastres. Os municípios que não apresentarem esse planejamento não receberão recursos federais para obras de prevenção e mitigação.
“As cartas geotécnicas são documentos cartográficos que reúnem informações sobre as características geológicas e geomorfológicas dos municípios, identificando riscos geológicos e facilitando a criação de regras para a ocupação urbana. Com a obrigatoriedade desse instrumento, expressa na lei, poderemos ter estratégias de prevenção de desastres traçadas com base no conhecimento técnico e científico”, disse Canil à Agência FAPESP.
A primeira carta geotécnica do Brasil foi feita em 1979, no município de Santos (SP), mas, ainda assim, o instrumento se manteve pouco difundido no país. Segundo Canil, a institucionalização da ferramenta será um fator importante para a adequação dos planos diretores em relação às características geotécnicas dos terrenos.
“Poucos municípios têm carta geotécnica, porque não era um instrumento obrigatório. Agora, esse panorama deve mudar. Mas a legislação irá gerar uma grande demanda de especialistas em diversas áreas, porque as cartas geotécnicas integram uma gama de dados interdisciplinares”, disse a pesquisadora do IPT.
As cartas geotécnicas reúnem documentos que resultam de levantamentos geológicos e geotécnicos de campo, além de análises laboratoriais, com o objetivo de sintetizar todo o conhecimento disponível sobre o meio físico e sua relação com os processos geológicos e humanos presentes no local. “E tudo isso precisa ser expresso em uma linguagem adequada para que os gestores compreendam”, disse Canil.
As cidades terão que se organizar para elaborar cartas geotécnicas e a capacitação técnica necessária não é trivial. “Não se trata apenas de cruzar mapas. É preciso ter experiência aliada ao treinamento em áreas como geologia, engenharia, engenharia geotécnica, cartografia, geografia, arquitetura e urbanismo”, disse Canil. O IPT já oferece um curso de capacitação para elaboração de cartas geotécnicas.
Uma dificuldade importante para a elaboração das cartas será a carência de mapeamento geológico de base nos municípios brasileiros. “A maior parte dos municípios não tem dados primários, como mapeamentos geomorfológicos, pedológicos e geológicos”, disse Canil.

Plano nacional de prevenção
A tragédia da Região Serrana fluminense, em janeiro de 2011, foi um marco que mudou o rumo das discussões sobre desastres, destacando definitivamente o papel central da prevenção, segundo Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
“Aquele episódio foi um solavanco que chacoalhou a percepção brasileira para o tema dos grandes desastres. Tornou-se óbvio para os gestores e para a população que é preciso enfatizar o eixo da prevenção. Foi um marco que mudou nossa perspectiva para sempre: prevenção é fundamental”, disse durante o evento.
Segundo Nobre, que também é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, a experiência internacional mostra que a prevenção pode reduzir em até 90% o número de vítimas fatais em desastres naturais, além de diminuir em cerca de 35% os danos materiais. “Além de poupar vidas, a economia com os prejuízos materiais já compensa com sobras todos os investimentos em prevenção”, disse.
De acordo com Nobre, a engenharia terá um papel cada vez mais importante na prevenção, à medida que os desastres naturais se tornarem mais extremos por consequência das mudanças climáticas.
“O engenheiro do século 21 precisará ser treinado para a engenharia da sustentabilidade – um campo transversal da engenharia que ganhará cada vez mais espaço. A engenharia, se bem conduzida, é central para solucionar alguns dos principais problemas da atualidade”, afirmou.
Segundo Nobre, além da nova legislação, que obrigará o planejamento com base em cartas geotécnicas dos municípios, o Brasil conta com diversas iniciativas na área de prevenção de desastres. Uma delas será anunciada nesta quarta-feira (08/08): o Plano Nacional de Prevenção a Desastres Naturais, que enfatiza as obras voltadas para a instalação de sistemas de alerta.
“Há obras de grande escala necessárias no Brasil, especialmente no que se refere aos sistemas de alerta. Um dos elementos importantes do novo plano é a questão do alerta precoce. Experiências internacionais mostram que um alerta feito até duas horas antes de um deslizamento é capaz de salvar vidas”, disse.
Segundo Nobre, as iniciativas do plano serão coerentes com a nova legislação. O governo federal deverá investir R$ 4,6 bilhões, nos próximos meses, em iniciativas de prevenção de desastres nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.
Mas, para pleitear verbas federais, o município deverá cumprir uma série de requisitos, como incorporar as ações de proteção e defesa civil no planejamento municipal, identificar e mapear as áreas de risco de desastres naturais, impedir novas ocupações e vistoriar edificações nessas áreas.
Segundo Nobre, outra ação voltada para a prevenção de desastres foi a implantação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do MCTI, que começou a operar em dezembro de 2011, no campus do Inpe em Cachoeira Paulista (SP).
“Esse centro já tinha um papel importante na previsão de tempo, mas foi reformulado e contratou 35 profissionais. O Cemaden nasce como um emblema dos novos sistemas de alerta: uma concepção que une geólogos, meteorólogos e especialistas em desastres naturais para identificar vulnerabilidades, algo raro no mundo”, afirmou.
Segundo ele, essa nova estrutura já tem um sistema de alertas em funcionamento. “É um sistema que ainda vai precisar ser avaliado com o tempo. Mas até agora, desde dezembro de 2011, já foram lançados mais de 100 alertas. O país levará vários anos para reduzir as fatalidades como os países que têm bons sistemas de prevenção. Mas estamos no caminho certo”, disse Nobre. 
--
Gilberto Fisch
012 9739 5552
012 3947 4565 IAE/CTA
012 39415635 residencia

13 de agosto de 2012

ad habitat
adhabitat
ad habitat
VAGA PARA ESTÁGIO
Projeto: FAZENDA SÃO SEBASTIÃO DO RIBEIRÃO GRANDE: PRESERVAÇÃO DE SEU PATRIMÔNIO CULTURAL E NATURAL, Pindamonhangaba, SP
Área de atuação: Educação Ambiental e Patrimonial
Local: Fazenda São Sebastião do Ribeirão Grande, bairro Ribeirão Grande, Pindamonhangaba, SP
Atividade: Monitoria de visitantes na Fazenda São Sebastião
Carga Horária:1 dia integral por semana (manhã e tarde) às terças-feiras (agosto a outubro).
Perfil do candidato: aluno a partir do 2º. Ano do Curso de História que tenha facilidade de lidar com o público.
No. de vagas: 02
Benefícios: transporte de Taubaté* até a Fazenda, alimentação, seguro de vida, treinamento e bolsa de R$300,00 (trezentos reais) mensais.
O Projeto: é realizado em uma parceria das seguintes instituições: Núcleo de Arqueologia da Universidade Braz Cubas (NAUBC), A & T Consultoria e Assessoria, ad habitat Consultoria e Fibria Celulose S.A.
As ações de Educação Ambiental e Patrimonial, que deram início em 2008, tem o objetivo de divulgar este patrimônio histórico e natural, difundindo noções de valorização, resgate e preservação à estudantes, professores e comunidade do município de Pindamonhangaba e região.
Contato: Rita Prando
Tel. (11) 98240.4657

Concurso Público para professor emergencial na área de Geociências Ambiental (Geologia, Geogrfia, Ecologia, Recursos naturais)
Diário Oficial de Estado de São paulo o8/08/12 , pag. 212
www.imprensaoficial.com .br
Inscrições: até 28/08/12

FAREC -Jacarei/SP
abs
eduardo

Nova legislação dará base científica à prevenção de desastres naturais, dizem especialistas

08/08/2012
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Em janeiro de 2011, enchentes e deslizamentos deixaram cerca de mil mortos e 500 desaparecidos na Região Serrana do Rio de Janeiro. A tragédia evidenciou a precariedade dos sistemas de alerta no Brasil e foi considerada por especialistas como a prova definitiva de que era preciso investir na prevenção de desastres.
O mais importante desdobramento dessa análise foi a Lei 12.608, sancionada em abril, que estabelece a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e cria o sistema de informações e monitoramento de desastres, de acordo com especialistas reunidos no seminário “Caminhos da política nacional de defesa de áreas de risco”, realizado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) no dia 6 de agosto.
A nova lei obriga as prefeituras a investir em planejamento urbano na prevenção de desastres do tipo enchentes e deslizamentos de terra. Segundo os especialistas, pela primeira vez a prevenção de desastres poderá ser feita com fundamento técnico e científico sólido, já que a lei determina que, para fazer o planejamento, todas as prefeituras precisarão elaborar cartas geotécnicas dos municípios.
Katia Canil, pesquisadora do Laboratório de Riscos Ambientais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), disse que as prefeituras terão dois anos para elaborar as cartas geotécnicas para lastrear seus planos diretores, que deverão contemplar ações de prevenção e mitigação de desastres. Os municípios que não apresentarem esse planejamento não receberão recursos federais para obras de prevenção e mitigação.
“As cartas geotécnicas são documentos cartográficos que reúnem informações sobre as características geológicas e geomorfológicas dos municípios, identificando riscos geológicos e facilitando a criação de regras para a ocupação urbana. Com a obrigatoriedade desse instrumento, expressa na lei, poderemos ter estratégias de prevenção de desastres traçadas com base no conhecimento técnico e científico”, disse Canil à Agência FAPESP.
A primeira carta geotécnica do Brasil foi feita em 1979, no município de Santos (SP), mas, ainda assim, o instrumento se manteve pouco difundido no país. Segundo Canil, a institucionalização da ferramenta será um fator importante para a adequação dos planos diretores em relação às características geotécnicas dos terrenos.
“Poucos municípios têm carta geotécnica, porque não era um instrumento obrigatório. Agora, esse panorama deve mudar. Mas a legislação irá gerar uma grande demanda de especialistas em diversas áreas, porque as cartas geotécnicas integram uma gama de dados interdisciplinares”, disse a pesquisadora do IPT.
As cartas geotécnicas reúnem documentos que resultam de levantamentos geológicos e geotécnicos de campo, além de análises laboratoriais, com o objetivo de sintetizar todo o conhecimento disponível sobre o meio físico e sua relação com os processos geológicos e humanos presentes no local. “E tudo isso precisa ser expresso em uma linguagem adequada para que os gestores compreendam”, disse Canil.
As cidades terão que se organizar para elaborar cartas geotécnicas e a capacitação técnica necessária não é trivial. “Não se trata apenas de cruzar mapas. É preciso ter experiência aliada ao treinamento em áreas como geologia, engenharia, engenharia geotécnica, cartografia, geografia, arquitetura e urbanismo”, disse Canil. O IPT já oferece um curso de capacitação para elaboração de cartas geotécnicas.
Uma dificuldade importante para a elaboração das cartas será a carência de mapeamento geológico de base nos municípios brasileiros. “A maior parte dos municípios não tem dados primários, como mapeamentos geomorfológicos, pedológicos e geológicos”, disse Canil.

Plano nacional de prevenção
A tragédia da Região Serrana fluminense, em janeiro de 2011, foi um marco que mudou o rumo das discussões sobre desastres, destacando definitivamente o papel central da prevenção, segundo Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
“Aquele episódio foi um solavanco que chacoalhou a percepção brasileira para o tema dos grandes desastres. Tornou-se óbvio para os gestores e para a população que é preciso enfatizar o eixo da prevenção. Foi um marco que mudou nossa perspectiva para sempre: prevenção é fundamental”, disse durante o evento.
Segundo Nobre, que também é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, a experiência internacional mostra que a prevenção pode reduzir em até 90% o número de vítimas fatais em desastres naturais, além de diminuir em cerca de 35% os danos materiais. “Além de poupar vidas, a economia com os prejuízos materiais já compensa com sobras todos os investimentos em prevenção”, disse.
De acordo com Nobre, a engenharia terá um papel cada vez mais importante na prevenção, à medida que os desastres naturais se tornarem mais extremos por consequência das mudanças climáticas.
“O engenheiro do século 21 precisará ser treinado para a engenharia da sustentabilidade – um campo transversal da engenharia que ganhará cada vez mais espaço. A engenharia, se bem conduzida, é central para solucionar alguns dos principais problemas da atualidade”, afirmou.
Segundo Nobre, além da nova legislação, que obrigará o planejamento com base em cartas geotécnicas dos municípios, o Brasil conta com diversas iniciativas na área de prevenção de desastres. Uma delas será anunciada nesta quarta-feira (08/08): o Plano Nacional de Prevenção a Desastres Naturais, que enfatiza as obras voltadas para a instalação de sistemas de alerta.
“Há obras de grande escala necessárias no Brasil, especialmente no que se refere aos sistemas de alerta. Um dos elementos importantes do novo plano é a questão do alerta precoce. Experiências internacionais mostram que um alerta feito até duas horas antes de um deslizamento é capaz de salvar vidas”, disse.
Segundo Nobre, as iniciativas do plano serão coerentes com a nova legislação. O governo federal deverá investir R$ 4,6 bilhões, nos próximos meses, em iniciativas de prevenção de desastres nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.
Mas, para pleitear verbas federais, o município deverá cumprir uma série de requisitos, como incorporar as ações de proteção e defesa civil no planejamento municipal, identificar e mapear as áreas de risco de desastres naturais, impedir novas ocupações e vistoriar edificações nessas áreas.
Segundo Nobre, outra ação voltada para a prevenção de desastres foi a implantação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do MCTI, que começou a operar em dezembro de 2011, no campus do Inpe em Cachoeira Paulista (SP).
“Esse centro já tinha um papel importante na previsão de tempo, mas foi reformulado e contratou 35 profissionais. O Cemaden nasce como um emblema dos novos sistemas de alerta: uma concepção que une geólogos, meteorólogos e especialistas em desastres naturais para identificar vulnerabilidades, algo raro no mundo”, afirmou.
Segundo ele, essa nova estrutura já tem um sistema de alertas em funcionamento. “É um sistema que ainda vai precisar ser avaliado com o tempo. Mas até agora, desde dezembro de 2011, já foram lançados mais de 100 alertas. O país levará vários anos para reduzir as fatalidades como os países que têm bons sistemas de prevenção. Mas estamos no caminho certo”, disse Nobre. 

--
Gilberto Fisch
012 9739 5552
012 3947 4565 IAE/CTA
012 39415635 residencia

NASA: apenas as mudanças climáticas explicam eventos recentes

06/08/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil

Análise estatística demonstra que ondas de calor por todo o planeta ficaram pelo menos 50% mais comuns graças ao aquecimento global e leva cientista a afirmar que previsões passadas foram muito otimistas

"Quando testemunhei perante o Senado no quente verão de 1988, alertei para o tipo de futuro que as mudanças climáticas trariam para o nosso planeta. Desenhei um cenário desolador, com o aumento das temperaturas sendo resultado do uso de combustíveis fósseis. Mas eu tenho uma confissão para fazer: eu estava sendo muito otimista.”

Este é o início do artigo “Mudanças Climáticas estão aqui – e piores do que pensávamos” (Climate change is here ­ and worse than we thought) publicado por James Hansen, diretor do Instituto de Estudos Espaciais Goddard da NASA, no jornal Washington Post, na última sexta-feira (3).

O artigo foi divulgado em conjunto com uma análise estatística, publicada no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), na qual climatologistas, incluindo James Hansen, concluem que ondas de calor estão mais comuns e passaram a cobrir áreas maiores.

Hansen salienta que o novo trabalho não é uma previsão. “Não fizemos um modelo climático, este estudo é fruto de observações reais de eventos climáticos e temperaturas que aconteceram.”

“Nossa análise mostra que não é mais suficiente dizer que o aquecimento global aumentará a probabilidade de clima extremo e repetir que não podemos relacionar um evento individual às mudanças climáticas. Ao contrário, nossa análise deixa claro que para o calor extremo no passado recente não há outra explicação que não as mudanças climáticas”, afirmou Hansen.

De acordo com a análise, entre 1981 e 2010 ondas de calor extremo cobriram 10% do planeta, representando um aumento de até 100% da área coberta entre 1951 e 1980.

A análise não apenas afirma que as ondas de calor se expandiram devido ao aquecimento global, como também demonstra que o chamado calor moderado (quando as temperaturas estão 50% acima do que seria o esperado) mais do que dobraram, passando de 33% para 75% no mesmo período.

“Podemos declarar, com alto grau de confiança, que anomalias extremas como as vistas no Texas e Oklahoma em 2011 e em Moscou em 2010 foram consequências do aquecimento global”, escreveu Hansen.

O verão de 2011 foi o mais quente da história nos estados norte-americanos do Texas e Oklahoma. Já na Rússia, o verão de 2010 teve as temperaturas mais elevadas em 130 anos de registros.

A análise publicada no PNAS destaca que “uma pessoa com idade suficiente para lembrar-se do clima entre 1951 e 1980 é capaz de perceber a existência das mudanças climáticas, especialmente no verão”.

Os pesquisadores reconhecem que condições climáticas locais obviamente atuam nos eventos extremos, mas que as mudanças climáticas são agora um fator fundamental.

“Não é incomum que meteorologistas rejeitem o aquecimento global como a causa desses eventos, oferecendo outras explicações meteorológicas. Por exemplo, foi afirmado que a onda de calor em Moscou foi causada por uma situação de ‘bloqueio’ atmosférico e que a do Texas foi resultado de alterações nas temperaturas oceânicas decorrentes do La Niña. Entretanto, ‘bloqueios’ e La Niña sempre foram comuns e os eventos em questão só aconteceram agora que o aquecimento global está atuando”, argumenta a análise.

As conclusões deste novo estudo se somam a um trabalho recente realizado por cientistas do serviço meteorológico britânico (Met Office), da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) e de centros de pesquisas de diversas universidades, que afirma que o aquecimento global tornou mais prováveis alguns dos eventos climáticos extremos do ano passado.

Batizado de “Explicando Eventos Extremos de 2011 a partir de uma Perspectiva Climática”, o trabalho acompanha o relatório anual “Estado do Clima 2011”, divulgado pelo NOAA.

Em seu artigo no Washington Post, Hansen afirma que ainda é possível evitar as piores consequências das mudanças climáticas, mas que estamos desperdiçando um tempo precioso.

“Podemos solucionar o desafio das mudanças climáticas com uma taxa crescente para o carbono sobre as empresas dos combustíveis fósseis, com 100% desses recursos sendo direcionados para residentes legais em uma base per capita. Isto estimularia inovações e criaria uma economia de energia limpa com milhões de novos empregos. É uma solução simples, honesta e efetiva. O futuro é agora. E é quente”, conclui Hansen.
Vídeo: Avanço das temperaturas médias globais no decorrer dos últimos 120 anos / NASA



--
Gilberto Fisch
012 9739 5552
012 3947 4565 IAE/CTA
012 39415635 residencia