6 de dezembro de 2013

Entrevista – David Harvey

“O capital está indo bem, mas as pessoas estão indo mal”

       Os problemas urbanos criam um espaço onde novas formas de fazer política podem acontecer. Para o geógrafo britânico David Harvey, 78 anos, é possível constatar isso ao olhar os protestos que ocorreram ao redor do mundo nos últimos anos. “Não vejo as instituições políticas respondendo ativamente a este novo jeito de fazer política. Mas  também não acho que esses movimentos saibam o que fazer”, diz Harvey.

      Professor da Universidade da Cidade de Nova York, Harvey falou com a reportagem de CartaCapital em São Paulo, antes de lançar o livro Os limites do capital (Editora Boitempo), publicado originalmente em 1982 e agora traduzido para o português. No livro, Harvey aborda a dinâmica da urbanização a partir de uma interpretação minuciosa do legado do filósofo alemão Karl Marx.
Harvey é um dos principais estudiosos de Marx na atualidade. Suas aulas  sobre o primeiro volume do Capital de Marx, disponíveis na internet, foram vistas mais de um milhão de vezes. Para o geógrafo, a onda de neoliberalismo iniciada nos anos 1980 faz com que a obra do alemão esteja mais atual do que nunca. Leia abaixo a entrevista, feita nesta semana em São Paulo:
CartaCapital: Na nova introdução de Os limites do capital,  o senhor escreve que o livro é mais relevante hoje do que ao ser lançado, há trinta anos. Por quê?
David Harvey: Porque a ascensão do neoliberalismo nos trouxe de volta ao tipo de mundo que Marx descreveu. Marx, e seu livro Capital, consideravam um mercado funcionando perfeitamente, como [o economista liberal] Adam Smith havia sugerido. Em 1970, nós não tínhamos mercados que funcionassem perfeitamente. Havia muita intervenção estatal, medidas de redistribuição de renda e um sistema forte de impostos, e a Europa tinha o estado de bem-estar social. Quando chegamos aos anos 1990, o que estava acontecendo era familiar e tinha um paralelo com o Capital de Marx.
CC: O interesse na obra de Marx tem crescido junto com sua relevância?
DH: Sim. Desde 2008, todo mundo percebeu que o capitalismo não é um sistema perfeito, e que não é a prova de crises. Marx é o principal teórico que explica como e onde a crise irrompeu, por isso há tanto interesse nele.
CC: O senhor se refere ao “direito à cidade” como o poder coletivo das pessoas nos processos de urbanização, conforme definido pelo sociólogo francês Henri Lefebvre na década de 1960. Como  a ideia de direito à cidade tem sido usada hoje em dia?
DH: Acho que o direito à cidade é um conceito genérico, e todo mundo tenta reivindicá-lo. Agentes imobiliários, financeiros e pessoas ricas têm feito isso. A questão é: quem consegue preencher esse conceito com seu significado particular? Para o direito à cidade ser parte de um movimento social efetivo, as populações marginalizadas e oprimidas têm de tratar desse tema como elas próprias o visualizam, para assim tomar controle do processo de urbanização.
Em muitas partes do mundo o movimento dos trabalhadores tem se enfraquecido, e as revoltas urbanas emergiram como uma das arenas de luta anticapitalista. As pessoas estão buscando um jeito de olhar para essas lutas, e a ideia do direito à cidade agora é mais aceita como parte do que a esquerda deve fazer.
CC: Os protestos no Brasil começaram com o aumento na tarifa de ônibus em São Paulo. O senhor vê paralelo com o começo de outras revoltas ao redor do mundo?
DH: Há um grande descontentamento pelo mundo. O capital está indo bem, mas as pessoas estão indo mal. E essa diferença é vista de forma mais clara na qualidade da vida urbana. As pessoas estão vendo recursos enormes gastos em obras e projetos espetaculares, mas que não são gastos para melhorar a vida da maioria da população.
Por isso, há uma raiva dissipada que é alavancada por um motivo particular. Aqui, foi a questão das tarifas. Em Istambul, o governo queria colocar um shopping no lugar de um parque tradicional. Nestes e outros casos, é uma insatisfação com a qualidade de vida urbana. E a insatisfação com a vida urbana é construída pelo capitalismo.
CC: Os protestos de junho no Brasil foram iniciados pelo Movimento Passe Livre, um movimento horizontal e sem líderes. Por que esse tipo de organização tem tido mais predominância nas revoltas dentro da cidade, em vez de partidos de esquerda e sindicatos?
DH: Os problemas urbanos criam um espaço onde novas formas de fazer políticas podem acontecer, como foi no caso das passagens de ônibus aqui no Brasil. Todas as organizações que tenho visto buscando a mudança na qualidade de vida urbana não usam as mesmas estratégias dos sindicatos e partidos políticos de esquerda, porque os problemas de organizar uma cidade são muito diferentes dos problemas de organizar um sindicato em uma fábrica. Então há uma forma nova de fazer política que está emergindo. E a esquerda convencional tem quer lidar com essas novas formas.
CC: O que faz esses grupos terem apoio do resto da população e gerarem revoltas urbanas?
DH: O que transforma o ativismo desses grupos em algo maior é a resposta policial, é o poder público usando a violência para responder a manifestações legítimas. E aí, claro, as pessoas vão às ruas contra a violência policial e movimento ganha uma nova escala. Isso aconteceu na Turquia e no Brasil.
Há ainda uma tendência de militarizar a vida urbana cotidiana. E isso não acontece somente em manifestações, mas no dia a dia. Em Nova York, por exemplo, a polícia pode parar qualquer negro na rua e revistá-lo. Isso cria um grande ressentimento com as chamadas autoridades. Começam conversas sobre quem controla a cidade e porque estão a controlando desta forma. Isso se transforma numa questão geral, que passa pela classe média e às vezes até pessoas ricas se envolvem, porque nem eles querem viver numa sociedade tão autoritária.
CC: No Chile, líderes de revoltas por uma educação pública foram eleitos para o Parlamento. Outros países não tiveram essa migração das ruas para os gabinetes. Como você vê a relação entre esses movimentos e a política institucional?
DH: Não vejo as instituições políticas respondendo ativamente a este novo jeito de fazer política. Mas também não acho que esses movimentos saibam o que fazer. A resposta à eleição de pessoas como Camila Vallejo, por parte de alguns estudantes do Chile, foi dizer que os eleitos não seriam capazes de fazer nada no parlamento, e a mudança de verdade teria de vir das ruas.
Mas acho que sair totalmente do Parlamento não seria bom. Há certo cinismo na esquerda. Além disso, há também uma concepção ideológica de anarquistas e autonomistas de que se candidatar a uma vaga seria uma traição do seu modo de fazer política. Acho isso uma pena, porque nós precisamos de todas as possibilidades de ativismo agora.
CC: Mas, com as atuais limitações dos sistemas políticos, para que serviria a ação dentro da institucionalidade?
DH: Acho importante que a ação direta seja sempre acompanhada por gente próxima às entranhas do poder estatal. Assim, por exemplo, seria possível mitigar o uso arbitrário de força estatal contra esses movimentos. Ou, ainda mais positivamente, o Estado possa ser reorientado para tomar ações efetivas contra a acumulação de capital por meio da urbanização.
CC: O senhor tem falado, nos últimos anos, da necessidade de unificar a esquerda e o ativismo descentralizado que têm surgido ao redor do mundo. O Senhor tem visto esse movimento acontecer? Como isso poderia ser feito?
DH: Lamento o fato de que a esquerda está ficando mais fragmentada do que unificada, porque há problemas que necessitam de ações globais, como o aquecimento global e outras arenas onde a política está sendo trabalhada mundialmente.
Atualmente há uma grande receptividade a novas ideias, mas nós não temos uma boa forma organizacional para formar uma estratégia compreensiva e global. Acho que isso é algo que precisaríamos, mas como fazemos isso? Se eu tivesse a resposta, não estaria aqui falando contigo.

Confira mais:

2 de dezembro de 2013

II Simpósio dos Pós-Graduandos em Ciências do Sistema Terrestre



O Programa de Pós da Professora Gabriela fará o 2º Simpósio de Ciências do Sistema Terrestre, que acontecerá amanhã, 03/12, em São José dos Campos. É uma excelente oportunidade de dialogar com pesquisadores da Ciência do Sistema Terrestre do INPE.

Vale AACC.

Programação abaixo:

Programação II SPGCST

São José dos Campos – 03 de dezembro de 2013

 

Local: Auditório IAI.

 
09:00
-
Entrega de material.
09:30
-
Abertura do II SPGCST.
09:40
-
Análise da vulnerabilidade aos desastres naturais decorrente de deslizamentos de terra em cenários de mudanças climáticas na serra do mar paulista.
Pedro Ivo Camarinha
10:05
-
Arctic sea ice extent based on results of the Brazilian earth system model.
Fernanda Casagrande
10:30
-
INTERVALO
10:50
-
Identificação da associação de fatores do meio físico intervenientes no evento extremo de cheia ocorrido em São Luiz do Paraitinga, Sp na passagem do ano de 2009/2010.
Fernanda Viana Paiva Arguello
11:15
-
Produção e consumo de carne no Brasil: riscos, obstáculos e possibilidades de mudança da atual configuração desse sistema.
Janaina Michelini
11:40
-
Fluxos hidrológicos e transferência de espécies químicas de carbono e nitrogênio na interface solo-atmosfera em ambientes do Semiárido Brasileiro.
Karinne Reis Deusdará Leal
12:05
-
INTERVALO DE ALMOÇO
13:30
-
Ecosystem Services and Human Well-Being in the Brazilian Amazon: Contributions from a landscape perspective.
Vagner Luis Camilotti
13:55
-
Detecção e monitoramento do uso da terra com dados de sensoriamento remoto de alta resolução temporal.
Victor Wegner Maus
14:20
-
Caminhos do carbono no desmatamento do Cerrado Brasileiro: uma abordagem para estimar emissões de gases de efeito estufa
Alan de Brito
14:45
-
INTERVALO
15:10
-
Amazon conservation might not be the end of deforestation in Brazil.
Elói Lennon Dalla-Nora
15:35
-
Brazilian sectorial trends in GHG emissions: a 2020 scenario
Zoraida Soeiro
16:00
-
A horticultura e seu papel nos sistemas agroalimentares e na segurança alimentar e nutricional urbana em tempos de mudanças globais: uma análise para os arredores de São Paulo, Brasil.
Camille Nolasco
16:25
-
MESA DE COMUNICAÇÕES
17:30
-
Churrasco de confraternização.


Maiores informações no site: http://iisepgcst.webnode.com/

21 de novembro de 2013

Unitau terá laboratórios digitais para formação de professores

A Unitau foi contemplada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – fundação do Ministério da Educação (MEC) – com uma verba de R$ 382 mil para o programa LIFE-Unitau (Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores). O aporte será utilizado para a implantação de dois laboratórios digitais.
A verba se soma a uma quantia de aproximadamente R$ 200 mil, liberada pela Capes no final de 2012 também para a criação de dois laboratórios – esses em implantação. Desta forma, a Unitau contará com quatro equipamentos, que atenderão os programas desenvolvidos em todos os cursos de licenciatura da Instituição.
As salas multimídia contarão com materiais como, por exemplo, computadores, tablets, notebooks, novo mobiliário, câmeras, lousas digitais e softwares específicos para diferentes atividades, entre elas gravação e edição de vídeos e editoração.
Os equipamentos serão utilizados por alunos e professores dos cursos de licenciatura e também por estudantes e docentes da rede pública inseridos nos projetos de formação de professores realizados pela Universidade, entre eles o Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo (Procampo) e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), esse último com atuação em 33 escolas da rede.
A responsável pela Coordenadoria de Formação de Professores da Unitau, Profa. Dra. Neusa Banhara Ambrosetti, explica que o LIFE tem por objetivo inserir o uso da tecnologia no ensino. “Os novos laboratórios serão um suporte para o projeto, que estimula o uso de tecnologias e ambientes virtuais de aprendizagem pelos estudantes das licenciaturas.”
Um dos laboratórios será instalado no Campus do Bom Conselho, para atender os cursos de Ciências Biológicas e de Educação Física. Outro, no Departamento de Ciências e Letras, para os cursos de Letras, de História e de Geografia. O terceiro, no Departamento de Pedagogia, para a licenciatura de Pedagogia. E o quarto, no Departamento de Informática, para atender os cursos de Matemática, Física e Química.

Ocupação USP

 


A invasão e ocupação do conjunto de edifícios da Administração Central da USP, onde o IEA está localizado, terminou na terça-feira, dia 12, com a execução da reintegração de posse determinada pela Justiça. Foi de estarrecimento e indignação o sentimento de todos que ingressaram no local naquela manhã. O cenário era de completa devastação, com móveis quebrados e amontoados, paredes e piso pichados, vidros quebrados, extintores disparados, maquetes de futuros edifícios da USP destruídas —, inclusive a do prédio onde será a sede própria do IEA —, colchões, roupas e sapatos, além de muito lixo. Outros espaços, inclusive o IEA, tiveram equipamentos furtados e arrombamento de portas, armários e gaveteiros, além de processos e outros documentos espalhados, amassados e pisoteados.

7 de novembro de 2013

III Conferência Internacional sobre Mudanças Climáticas

     A comissão organizadora da III Conferência Internacional sobre Mudanças Climáticas - Adaptation Futures 2014 convida a participar deste evento que acontecerá em Fortaleza (CE) entre os dias 12 e 16 de Maio de 2014.

     A principal temática abordada será a respeito dos impactos do clima e as opções de adaptação. Estarão presentes cientistas e tomadores de decisão, além de profissionais do mundo todo para compartilhar as atuais metodologias de pesquisa, métodos e resultados. Iremos explorar os caminhos que podem ser seguidos em um mundo onde os impactos devido às mudanças climáticas são cada vez mais observáveis e ações de adaptação são cada vez mais necessárias.



    O processo de submissão de "abstracts" está aberto até o dia 15/11. Os resumos, em inglês, com até 300 palavras para apresentação oral ou poster, podem ser inscritos no link:



6 de novembro de 2013

     A Universidade de Taubaté (UNITAU) promove, por meio da Fundação Artística e Cultural (FUNAC), o evento “Vinicius em dois atos”. A iniciativa tem por objetivo celebrar os 100 anos do “poetinha” Vinicius de Moraes com discussões sobre poesia, saraus e música ao vivo.
     Intitulado “Vinicius em dois atos”, o evento terá início no dia 6, quarta-feira, e será itinerante. A abertura oficial acontece na Academia Taubateana de Letras, localizada no Departamento de Pedagogia da UNITAU. Na quinta-feira, 7, a programação será realizada no Departamento de Ciências Sociais e Letras da UNITAU. O encerramento acontece no dia 8, no Teatro Metrópole. As atividades são gratuitas e abertas à comunidade, com início às 19h30 todos os dias.
     A programação terá discussões sobre a vida de Vinicius e a construção de sua carreira. O evento contará também com grupos independentes de poesia, musica popular brasileira e peças teatrais. O Prof. Me. Acácio de Toledo Netto diretor presidente da FUNAC destaca a importância do evento. “Desejo conhecer os futuros Vinicius de Moraes que estão escondidos pela Universidade. Nesse evento teremos a oportunidade de apreciar os trabalhos desenvolvidos por alunos e professores e também retomaremos as atividades da FUNAC”.
     Durante o evento, os participantes poderão doar livros de diferentes autores e assuntos. As obras coletadas serão doadas para crianças das escolas municipais de Taubaté.

Clique na imagem abaixo para conferir toda a programação
 

Concurso Público Unitau 2013

Foi divulgado o Edital para o Concurso Público da Unitau.


São diversos cargos com diferentes salários.

4 de novembro de 2013

Comemoração do Dia dos Professores no Departamento de Ciências Sociais e Letras - 2013



     No dia 19 de outubro comemorou-se o Dia dos Professores no Departamento de Ciências Sociais e Letras com a presença de professores e ex-professores com um almoço preparado pelos professores do curso de Letras, Luzimar Goulart Gouvêa e Andréia Alda de Oliveira Valério. O cardápio foi composto por: strogonoff, arroz sírio, salada e salada de frutas.

    Como afirmou o Prof. Eduardo Carlos Pinto, atual chefe do Departamento, a comemoração foi motivada pela lembrança de que “somos professores, somos o sal da terra, somos educadores, e isto basta para nos sentirmos um pouco responsáveis pelas transformações do mundo e pelo futuro da humanidade. É muito gratificante para mim, partilhar com vocês os desafios que enfrentamos no cotidiano do Departamento. Quero agradecer a confiança de todos e desejar um merecido descanso no Dia do Professor”.
Estiveram presentes os seguintes professores: Ana Gabriela Araújo, Armindo Boll, Claudia Maria de Oliveira Souza, Cristiano José Pereira, Gerson de Freitas Júnior, Maria do Carmo Almeida, Rachel Duarte Abdala, Thaís Travassos. Também estiveram presentes os professores Elizabeth Ramos, Maria José Milharezi Abud e Joel Abdala, que foram homenageados. A professora Elizabeth, do curso de Letras se aposentou no início do ano, mas continua atuando no Mestrado em Linguística Aplicada, vinculado ao Departamento; a professora Maria José foi pró-reitora de graduação durante 11 anos e foi uma constante colaboradora do Departamento e o professor Joel foi chefe do Departamento entre 2004 e 2008 e atualmente é Assessor na Pró-reitoria de Graduação.  

     Todos os professores receberam uma caneta comemorativa do chefe do Departamento.
Neste dia também foram comemorados os prêmios recebidos no dia anterior no final do II CICTED-Congresso de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento da UNITAU por professores e alunos do Departamento. O prof. Gerson recebeu o prêmio de melhor trabalho oral no V SEDUNI-Seminário de Docência Universitária, pelo seu estudo sobre a relação entre a Geografia e a Literatura e a profa. Rachel e os alunos Alex Sandro Max Bonafé e Régis de Oliveira do terceiro ano do curso de História receberam menção honrosa no mesmo evento pelo painel intitulado “RPG, imaginação e diversão dentro da sala de aula: novas possibilidades para o ensino de História”, desenvolvido no âmbito do PIBID-Programa de Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência na Escola Municipal Ernani Barros Morgado, sob a supervisão do Prof. João Gabriel Rosa de Almeida. É importante lembrar que o CICTED engloba sete eventos e o evento no qual os professores e alunos do departamento se destacaram foi justamente o voltado à docência. 


“Se professor mesmo é ser um profissional do ensino no DCSL”. Profa. Maria José Milharezi Abud e Prof. Joel Abdala




Professores do DCSL no almoço comemorativo ao Dia dos professores. Foto Rachel Abdala

Prof. Armindo, Profa. Claudia, Profa. Rachel e Prof. Eduardo. Foto Joel Abdala.

Prof. Eduardo entregando as canetas ao Prof. Joel e ao Prof. Gerson. Foto Rachel Abdala

Prof. Joel, Profa. Maria José, Prof. Eduardo, Profa. Elizabeth. Foto Rachel Abdala

Sancionada lei que retoma antigo fuso horário do Acre



Novo horário vale a partir de 10 de novembro. Lei foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira

     O estado do Acre e a parte ocidental do Amazonas retornarão ao antigo fuso horário, com duas horas a menos em relação ao horário de Brasília, a partir do dia 10 de novembro. É o que determina a Lei 12.876/2013, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (31).

     A nova lei, que põe fim a uma polêmica que durou cinco anos, é resultante de projeto do Poder Executivo, encaminhado à sanção presidencial pelo Senado, após concluir a votação da proposta no início de outubro. Antes de ser votado no Plenário, o projeto (PLC 43/2013) foi aprovado pelas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), tendo como relatores os senadores Anibal Diniz (PT-AC) e Sérgio Petecão (PMN-AC), respectivamente.

     Os fusos dessas duas regiões haviam sido alterados em 2008, pela Lei 11.662/2008 - de autoria do então senador Tião Viana (PT-AC), hoje governador do Acre - que reduziu de duas para uma hora a diferença em relação a Brasília, sob o argumento que a população local sofria prejuízos econômicos, sociais e culturais, principalmente na vigência do horário de verão, quando a diferença passava a ser de três horas. Mas, na época ocorreu uma grande polêmica, porque não houve consulta prévia aos habitantes da região atingida.

Referendo

     Em 2010, no segundo turno da eleição presidencial, foi realizado um referendo sobre o tema e a população do Acre manifestou-se a favor do retorno à hora antiga - 39,2% dos eleitores votaram favoravelmente ao antigo horário e outros 29,7% pela manutenção da diferença de apenas uma hora.

     Para que o resultado do referendo produzisse efeitos seria necessária uma nova legislação. Foi então apresentado um projeto com essa finalidade, pelo Senado, que seguiu à sanção presidencial ainda em 2010. Mas a presidente Dilma Rousseff vetou a proposta integralmente, porque previa o retorno dos fusos horários do Acre, do Amazonas e do Pará à situação vigente antes da edição da Lei 11.662, ou seja, extrapolava o resultado da consulta popular, por incluir o Pará e parte do Amazonas, que teriam prejuízos com a medida. Em respeito à vontade da população do Acre, o governo apresentou, então, o projeto que agora já é lei.

     A Lei 12.876/2013 revoga a lei de 2008.

1 de novembro de 2013

EXTRA EXTRA EXTRA!

A participação dos alunos dos cursos de História e Geografia do DCSL, rendeu uma bela matéria de capa no jornal Diário de Taubaté! 


Capa do Jornal Diário de Taubaté, 31/10/2013


A reportagem foi publicada dia quinta, dia 31 de outubro de 2013 no jornal local de Taubaté, que tem uma grande repercussão.

Confira a matéria também no site da Unitau:

http://www.unitau.br/noticias/detalhes/905/Alunos-de-Historia-e-Geografia-participam-de-simposio-internacional


O DCSL tem orgulho de seus alunos e parabeniza todos os participantes do Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP!!!



25 de outubro de 2013

Convite

A Paco Editorial
convida para o lançamento da obra:
História da Educação no Vale do Paraíba Paulista: Temas, Objetos, Fontes

Mauro Castilho Gonçalves e Cesar Augusto Eugenio (orgs.)



Dia 28/11/13, às 19h30


Universidade de Taubaté – Solar da Viscondessa do Tremembé

Rua XV de Novembro, 996

Centro
Taubaté - SP


CONVITES

Convidamos a todos para as solenidades de Dia do Funcionário Público, Dia do Comerciário e da entrega do Título de Cidadão Taubateano ao Professor Edson Trajano.


Solenidade do Dia do Funcionário Público e Dia do Comerciário

Solenidade Entrega do Título de Cidadão Taubateano ao Prof. Edson Trajano

21º. Simpósio Internacional de iniciação Científica da Universidade de São Paulo

Release participação estudantes do Departamento de Ciências Sociais e Letras no 21º. Simpósio Internacional de iniciação Científica da Universidade de São Paulo


Os estudantes do Curso de História UNITAU, Régis Gomes de Oliveira e Maurício Pereira de Souza, no 21º. SIICUSPC na Universidade de São Paulo. 22/10/2013. Foto Rachel Duarte Abdala
Três estudantes do Curso de História e uma do Curso de Geografia tiveram seus trabalhos aprovados no 21º. Simpósio Internacional de iniciação Científica da Universidade de São Paulo. O evento foi realizado entre os dias 21 e 24 de outubro de 2013 no Campus da Cidade Universitária em São Paulo. O trabalho da estudante Heloisa Helena Gadioli Pasin, do Curso de Geografia, foi intitulado: “Experiência vivida: Sala verde e escola pública” e teve como orientador o Prof. Me. Eduardo Carlos Pinto. O trabalho “O Perigo vermelho no Vale do Paraíba: o anticomunismo da era Vargas nos jornais taubateanos (1935 - 1945)”, do estudante do Curso de História Jonathan Cruz Moreira teve a orientação da Profa. Dra. Maria Fátima de Toledo. Os também estudantes do Curso de História, Régis Gomes de Oliveira e Mauricio Pereira de Souza, ambos orientados pela Profa. Dra. Rachel Duarte Abdala, que os acompanhou ao evento, foram intitulados, respectivamente: “Os guerreiros da honra: Bushidô, o código dos samurais”, e “O olhar cultural do fotógrafo Paulo Camilher Florençano no Foto Clube Bandeirante”. A participação dos estudantes nesse evento científico representou uma significativa experiência no processo de formação deles como pesquisadores, pois, propiciou o contato com pesquisadores consolidados e com abordagens teórico-metodológicas que contribuíram para o desenvolvimento de seus trabalhos. Além disso, a participação dos estudantes neste evento da abrangência internacional contribuiu para o enaltecimento da instituição. 

22 de outubro de 2013

Boa tarde, leitores!
 
Segue o link de um vídeo sobre a relação de SP, sua urbanização e os rios que cortam a cidade.
Produzido pela FAU/USP, é bem interessante.


Amazônia ainda não está integrada ao restante do país, é como uma colônia
  
Em entrevista à Folha, comandante militar da maior floresta tropical do mundo afirma que não há conhecimento sobre região

Para o comandante militar da maior floresta tropical do mundo, a Amazônia é como uma colônia do Brasil. "Ela não está integrada ao país e, portanto, não há conhecimento de sua realidade e potencial", diz o general Eduardo Villas Bôas, 61, desde 2011 à frente de 19 mil homens e 9.300 km de fronteiras.

Em entrevista na sede do comando, em Manaus, ele citou a ausência estatal na floresta, criticou a política indigenista oficial, alertou sobre a ação de ONGs na região e aprovou, com ressalvas, o programa Mais Médicos.

Evitou, porém, bater de frente com o governo federal, principalmente quando o assunto eram os índios. "Quando digo que há dois problemas na política indigenista do país, não faço críticas ao governo. Somos nós. Nós temos esse problema", disse.

Também evitou falar sobre a Comissão da Verdade, que apura a violação dos direitos humanos na ditadura militar.

"Cada militar tem uma opinião sobre isso. É um assunto sensível. Se a gente ficar expressando, traz prejuízo tanto para o Exército quanto para o governo federal."

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

Folha - Brasília sabe o que acontece na Amazônia?
General Villas Bôas - Na parte da defesa até sabe. O que ocorre é que, em pleno século 21, o país não completou sua expansão interna. Temos metade do nosso território a ser ocupado, integrado à dinâmica da sociedade. A Amazônia, como não está integrada ao país, não há conhecimento no sul da sua realidade, seu potencial. É como se fosse uma colônia do Brasil. Ela não é analisada, interpretada, estudada e compreendida numa visão centrada da própria Amazônia. Isso nos coloca numa posição periférica.

Quais são as principais necessidades da população local?
As reais necessidades da população da Amazônia chegam ao centro-sul de maneira distorcida. Com isso, monta-se uma base de conhecimento desfocada, com soluções não apropriadas. A população, principalmente no interior, não tem necessidades básicas atingidas. Em grande parte, não há nenhuma presença do governo do Estado. Em algumas áreas as Forças Armadas são essa única presença.

O material humano e financeiro atual do comando militar é suficiente para monitorá-la?
Não é suficiente. A partir da Estratégia Nacional de Defesa, em 2008, a Amazônia virou prioridade. Mas só de fronteira temos 11 mil km. E nossa capacidade de vigilância está basicamente restrita ao fator humano. Monitorar toda essa área só será possível com tecnologia incorporada, cujo sistema de monitoramento está em desenvolvimento e custará R$ 10 bilhões até 2020. Desde 1999, o Exército tem poder de polícia na faixa de fronteira [150 km de largura], isso estabeleceu nova responsabilidade. Outro aspecto é a grande vulnerabilidade que o país todo tem. Estamos no século 21 e um país da nossa dimensão não tem um satélite. Não vamos ter autonomia total enquanto não tivermos nossos satélites. Por isso este projeto está no Ministério da Defesa.

Concorda com a demarcação de novas terras indígenas?
A discussão é importante. Veja o que aconteceu na Raposa/Serra do Sol [cujos não indígenas foram retirados]. Foi feita demarcação, e as estruturas econômicas tiveram que sair. Hoje os índios têm dificuldades para encontrar alternativas viáveis. O que a iniciativa privada proporcionava ali, o governo tem dificuldade de proporcionar. A participação do Congresso é importante, pois viabiliza a participação de outros setores. Eu acho positivo, sim. Os índios, coitados, ficam prisioneiros de duas vertentes: o interesse econômico e a fundamentalismo ambientalista.

Como o sr. avalia a política indigenista brasileira?
Há dois problemas. E não estou fazendo críticas ao governo. Somos nós, Brasil. Primeiro, os órgãos que atuam na Amazônia, nessas questões típicas, ambiental e indígena, têm estrutura deficiente. O governo trabalha para ampliar, mas ainda é carente. O segundo aspecto é que a política indigenista é muito geopolítica. Ela se resume praticamente a delimitar as terras e os índios ficam confinados nelas. Seria interessante que a delimitação fosse seguida de outro tipo de programa que desse sustentação à vida dos índios. Por maior que seja a terra, a vida do índio não se viabiliza. Os recursos naturais vão se esgotando. Nossa política está muito homogênea do ponto de vista de não reconhecer diferentes níveis de aculturação das comunidades.

Qual é o papel das ONGs estrangeiras na Amazônia?
Além de tudo que representa, a Amazônia tem um papel muito grande na integração sul-americana. Ela abriga a solução para alguns dos grandes problemas que afligem a humanidade, como água, energia renovável, biodiversidade, mudança climática. Isso justifica toda essa pressão em torno da Amazônia que faz a opinião pública internacional. Nesta semana, o governo está passando leis no Congresso estabelecendo mecanismos de controle mais rígidos sobre as ONGs do ponto de vista da movimentação financeira. Não é o caso de estigmatizar as ONGs, elas vieram preencher espaços e atender necessidades da população que nem o primeiro nem o segundo setores têm capacidade de atender. Mas há coisas fora de controle, e a gente fica numa insegurança, não sabe quem são, quais os objetivos. E muitas vezes [elas] atuam no sentido contrário aos interesses do governo brasileiro.

Pode citar um exemplo?
Veja a dificuldade para asfaltar a BR-319 [que liga Manaus e Porto Velho. Em 2009, o braço brasileiro da ONG americana ConservationStrategyFund divulgou estudo afirmando que a reforma da estrada traria prejuízo]. É uma rodovia que já existiu, não gerou desflorestamento, não houve prejuízo ambiental. Mas o governo não consegue fazer... é um absurdo. Manaus está conectada à Venezuela, mas não ao restante do Brasil. É extremamente difícil viabilizar a recuperação dessa rodovia, são forças que realmente têm capacidade de intervir e inibir isso. E muito por causa do fundamentalismo ecológico. Não se faz omelete sem quebrar o ovo, se vou lançar um gasoduto, alguma árvore vou derrubar. É uma visão pragmática.

Qual é a sua opinião sobre o programa Mais Médicos?
Se me perguntar quais são os dois principais problemas da Amazônia, eu diria que élogística e médico. Nós fazemos atendimento à população civil e até a índios. No interior não tem médico. Realmente é uma necessidade. Mas acho que eles têm que pensar na parte de estrutura, condições de trabalho. Pois acho que as mesmas realidades que causam a saída dos médicos brasileiros desses municípios poderão causar a não permanência do médico estrangeiro. A gente visita município que não tem estrutura de saúde. O programa é necessário, mas é importante que não fique restrito somente à colocação dos médicos.

Em 2005, o então comandante do Exército, general Albuquerque, disse o homem tem direito de tomar café, almoçar e jantar, mas isso não está acontecendo [no Exército]'. A realidade atual mudou?
Mudou muito. O problema é que o passivo do Exército era muito grande, foram décadas de carência. Desde 2005, estamos recebendo muito material, e agora é que estamos chegando a um nível de normalidade e começamos a ter visibilidade. Não discutimos mais se vai faltar comida, combustível, não temos mais essas preocupações.

O senhor tem acompanhado a Comissão da Verdade?
Como profissional e militar, me interesso, sim. Mas na minha instância, institucionalmente, não há nenhuma implicação para nós.

17 de outubro de 2013

Encontro Acadêmico Região Sudeste

Boa tarde, leitores.

Abaixo divulgamos o convite e programação do evento INTERDISCIPLINARIDADE: Ampliando Fronteiras do Saber, que será realizado nos dias 11, 12 e 13 de novembro de 2013, na Universidade Federal do ABC (UFABC), no auditório central do campus São Bernardo.

Informações adicionais e a ficha de inscrição estão disponíveis no site do evento: eventos.ufabc.edu.br/inter2013


Participem!